3 por 5 e 5 por 10, chefia!

Juro que quando li o título dessa matéria, lembrei da cena do “Monty Python e o Sentido da Vida” em que enfermeiros invadem a casa de um cidadão (ainda vivo) para lhe tirar o fígado pois ele é/era doador de órgãos. Eu procurei no youtube mas não tem essa cena. Aluguem o filme e vejam 😀

Após ler a matéria por completo, cheguei a conclusão que ser enterrado deve ser mesmo muito caro para que o infeliz prefira “ter as tripas arrancadas” do que pagar estas taxas. Afinal, segundo a matéria, é esse o objetivo do projeto, não? Incentivar a doação de órgãos por meio da isenção de impostos para a família do presunto.

Eu acho isso muito estranho.

Isenção de impostos por órgãos? Mas aí não será doação, isso soa mais como uma negociação.

Com a aprovação da lei, imagine a cena:
A família chorando pelo ente querido que acabou de falecer, aí, de mansinho, um fiscal da prefeitura segurando uma papelada se aproxima deles:
– Olá, senhora, err… o seu marido doou os órgãos?
– Não, não. Uma noite ele disse que não queria doar nenhum órgão para poder chegar inteirinho ao céu…
– Hum, entendo. Olha, então a senhora terá que pagar essas taxas aqui, ok? Pode passar no caixa. A não ser que, assim, a senhora queira que a gente dê um jeitinho. Já ouviu falar na “Lei dos órgãos”, hem?

Ok, falar de “taxas de velório, sepultamento e EMOlumento” já me é muito estranho, pois se essas taxas não forem pagas, o corpo não poderá ser entregue à paz eterna? Que horror! E o que é feito?

Devaneios

Será que foi isso que ocorreu com o Michael Jackson? Será que ele estava tão falido que não tem/tinha nem dinheiro pra pagar as taxas e só será enterrado dia 3 de setembro, meses após a morte e após o pagamento das taxas?

Mas e agora?

E entre tantos devaneios, será que o governo não se beneficiaria mais trabalhando com verdadeiras e bem elaboradas campanhas de incentivo a doação de órgãos em escolas e pelos meios de comunicação do que preferindo o caminho “mais fácil” de só deixar de cobrar taxas?